Projeto de extensão na área da educação física ajuda jovens em vulnerabilidade social e ajuda a identificar potenciais atletas, além de possibilitar novas perspectivas para alunos e atendidos
Foto: UFSM, Divulgação
Não é de hoje que se discute a necessidade de uma maior participação de professores e alunos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em ações que promovam o desenvolvimento da cidade. Para tentar identificar as principais demandas de diferentes setores da comunidade, a instituição lançou, em outubro, uma plataforma no site da instituição para saber quais são as prioridades em cada região. Em todos os campi, o tópico mais pontuado foi o da saúde, que também lidera a lista de Santa Maria. Você pode acessar aqui a plataforma e votar.
Para 2019, segundo o pró-reitor substituto de Extensão da UFSM, Rudinei Soares Pereira, a meta é ampliar o período de coletas de informações pela plataforma.
- Neste primeiro momento, a plataforma captou informações por cerca de dois meses. Ainda assim, contabilizamos 1.751 respostas. Para 2019, queremos efetivar a implementação dessa ferramenta, que é muito importante para definirmos nossas ações - destaca.
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A plataforma é uma ação do Fórum Regional Permanente de Extensão da UFSM, que busca identificar as demandas consideradas prioritárias pelas comunidades locais e regionais dos municípios onde a UFSM tem presença física - Santa Maria, Cachoeira do Sul, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões. A extensão universitária é uma ação de uma instituição de Ensino Superior junto à comunidade, disponibilizando, ao público externo à universidade, o conhecimento adquirido com o ensino e a pesquisa desenvolvidos dentro da universidade.
No caso da UFSM, os dados coletados com a plataforma serão utilizados como referência para o desenvolvimento de projetos de extensão e servirão de base para avaliação de ações no Fundo de Incentivo à Extensão (Fiex).
- Um projeto de extensão só é válido se ele provocar mudanças positivas em uma comunidade. É preciso ouvir as pessoas sobre o que elas consideram que seja prioridade, pensar em soluções e apresentar essas propostas. Não é simplesmente prestar um serviço. É impactar um determinado grupo e, ao mesmo tempo, construir conhecimento - explica Rudinei.
Até 2024, a UFSM pretende estabelecer que 10% da carga horária curricular sejam destinados a ações de extensão. Conforme os professores que já desenvolvem projetos com e na comunidade, é preciso "sair do arco", em referência aos limites do campus sede.
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QUALIFICAÇÃO
Para o professor Luiz Fernando Cuozzo Lemos, do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da UFSM, as ações de extensão permitem a troca entre a instituição e a comunidade e oportuniza ao aluno vivenciar a realidade, contribuindo para qualificar sua formação.
- Os projetos possibilitam que o estudante pratique o que aprendeu em sala de aula e, ao mesmo tempo, promova uma transformação na vida das pessoas. É sair dos muros do meio acadêmico e experimentar o mercado de trabalho - destaca o professor.
Uma dessas ações ocorre com internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case). Alunos do CEFD promovem aulas de atletismo com jovens em progressão de medida e que têm autorização para realizar atividades externas.
Resultado geral por eixo:
Área | Nº de respostas | Percentual (%)
|
Saúde | 357 | 20,39 |
Cultura | 323 | 18,45 |
Educação | 322 | 18,39 |
Meio Ambiente | 196 | 11,19 |
Direitos Humanos e Justiça | 194 | 11,08 |
Tecnologia e Produção | 177 | 10,11 |
Comunicação | 93 | 5,31 |
Trabalho | 89 | 5,08 |
Área | Nº de respostas | Percentual (%) |
Saúde | 294 | 22,36
|
Cultura | 287 | 21,83
|
Educação | 222 | 16,88
|
Meio Ambiente | 161 | 12,24
|
Direitos Humanos e Justiça | 147 | 11,18
|
Tecnologia e Produção | 86 | 6,54
|
Comunicação | 67 | 5,10
|
Trabalho | 51 | 3,88 |